sexta-feira, 14 de maio de 2010

FELICIDADE REALISTA


FELICIDADE REALISTA

Texto de Mário Quintana
A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que
já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda
mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos,
além de  saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a
comida  e o cinema: quermos a piscina olímpica e uma
temporada nun spa cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor...não basta termos
alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza
e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno:
queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar
visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos
por declarações e presentes inesperados, queremos jantar
a luz de velas de segunda à domingo, quermos sexo
selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de
outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma
forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou
não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro,
feliz com uns romances ocasionais, feliz com um  parceiro,
feliz sem nenhum.
Não existe amor minúsculo, principalmente  quando se
trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa gastá-lo,
usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando.
Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não
aprisionado. E se a gente tem pouco, é com esse pouco que
vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de
graça, com um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco
de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o
improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas,
trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o
eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante
pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza,
instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo inde só quem testa seus limites
é que leva o prêmio. Nâo sejamos vítimas ingênuas dessa
tal competividade. Se a meta está alta demais, reduza-a.
Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para
ser feliz.
Mas não se esqueça que a felicidade é um  sentimento
simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por
não perder a sua simplicidade. Ela transmte paz e não
sentimentos fortes, que nos atormetam e provocam
inquietude no nosso coração.
Isso pode ser alegria, paixão,  entusiasmo, mas não felicidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário